O número de fusões e aquisições realizadas por empresas de energia no Brasil, de julho a setembro desse ano, teve uma queda se compararmos com o mesmo período de 2014. No terceiro trimestre desse ano, foram fechadas cinco enquanto no mesmo intervalo do ano passado foram 15. Essa é uma das conclusões de uma pesquisa realizada pela KPMG com 43 setores da economia brasileira. Na comparação dos nove meses desse ano, também foi registrada uma queda drástica em comparação com o mesmo período do ano anterior. No ano de 2015, houve 24 negociações concretizadas contra 42 no acumulado de 2014.
"Das cinco transações concretizadas no terceiro trimestre desse ano, quatro foram do tipo CB1 onde o comprador é um investidor estrangeiro que adquiriu empresa brasileira, atraído pelo momento de instabilidade que a indústria de energia brasileira está vivendo. O que vimos é que os leilões feitos pelo governo ficaram aquém das expectativas do mercado por causa, principalmente, do preço da energia pouco atrativo e incerteza em relação ao acesso ao financiamento. Tudo isso gerou uma oportunidade para os estrangeiros favorecidos também pela desvalorização do real frente ao dólar", analisa o sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra.