A Tractebel obteve um lucro líquido de R$ 347,6 milhões no terceiro trimestre de 2015, esse resultado é 35,4% menor do que o reportado no mesmo período do ano passado. Já no acumulado do ano os ganhos da empresa estão estáveis em R$ 901 milhões. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da geradora ficou em R$ 771,7 milhões, um montante 24% abaixo do mesmo trimestre de 2014, mas de janeiro a setembro acumula alta de 6,8%, com R$ 2,147 bilhões.

O recuo no resultado da companhia tem relação com o efeito negativo de R$ 182 milhões nas transações da Tractebel ocorridas no MCP, inclusive no âmbito da CCEE. Uma importante parcela refere-se ao sinistro ocorrido no Complexo Termelétrico Jorge Lacerda. E ainda, elevação de R$ 140 milhões nas despesas com compra de energia para revenda e aumento de R$ 44 milhões nos demais custos e despesas operacionais.
A receita líquida de vendas da empresa alcançou R$ 1,640 bilhão no trimestre, queda de 5,6% entre julho e setembro. No acumulado do ano, contudo, a companhia reportou um crescimento de 1,2%, com R$ 4,802 bilhões. O preço médio dos contratos no trimestre ficou em R$ 172,82/MWh, aumento de 13,9% e nos nove meses de 2015 esse indicador alcançou R$ 170,06/MWh, patamar 14,8% acima do praticado no mesmo período de 2014. Esse comportamento dos preços, explica a Tractebel, reflete os reajustes de preços dos contratos existentes e os maiores preços para os contratos novos.         
A empresa vendeu 4.016 MW médios de energia no terceiro trimestre deste ano, um volume 4,6% menor do que o mesmo intervalo de 2014. De janeiro a setembro as vendas estão em 4.115 MW médios, uma queda de 1,9% quando comparado ao ano passado. Essa redução é explicada, principalmente, pelo término de contratos com distribuidoras e comercializadoras, cujos volumes foram liquidados parcialmente no MCP.
Enquanto as vendas da geradora para essas duas classes de agentes recuou, 11,7% e 31,4%, respectivamente. A comercialização de energia com os consumidores livres aumentou 6,3% no terceiro trimestre de 2015 quando comparado ao de 2014.
A geração bruta de energia no trimestre ficou em 5.590 MW médios, volume apenas 0,2% acima do que foi registrado no ano anterior. O destaque da empresa é dado às fontes complementares que produziram um recorde de 216 MW médios, que representa um fator de capacidade de 61,4%. As UHEs foram responsáveis por 4.700 MW médios, as UTEs por 674 MW médios. Contudo, no acumulado de 2015 a geração está 3,5% menor do que no período de janeiro a setembro de 2014.
A dívida bruta da empresa ao final do trimestre estava em R$ 3,762 bilhões, um volume 18,8% acima do reportado ano passado. A dívida líquida da empresa fechou o mês de setembro em R$ 1,682 bilhão, montante 34,8% menor ante o ano passado. Com isso a alavancagem da empresa estava em 0,6x a relação entre a dívida liquida e o resultado ebitda. Os investimentos no trimestre somaram R$ 184,2 milhões.