A Eneva realizou a homologação do aumento de capital privado, no valor de R$ 2,3 bilhões, mediante a emissão de 15.336.875.991 novas ações ordinárias, ao preço de R$ 0,15 por ação. A operação, prevista no plano de recuperação judicial, permitiu a capitalização de créditos e aporte de ativos, fortalecendo e equacionando a estrutura de capital.
“A homologação do aumento de capital da Eneva representa a etapa final do nosso Plano de Recuperação Judicial, que foi integralmente implementado. Esta etapa reforça ainda o compromisso assumido pelo management, em 2014, para que a companhia retome a estabilidade financeira e seu crescimento estruturado", afirma o CEO da Eneva, Alexandre Americano, em nota à imprensa.
A operação permitiu a integralização de ativos no valor total de R$ 1,3 bilhão, a conversão de 40% da dívida dos credores financeiros em ações da Eneva, que representou um aporte de cerca de R$ 983 milhões – o que, somado à redução de 20% do valor de créditos de cada credor em montantes superiores a R$ 250 mil, resultou na redução da dívida da holding Eneva de R$ 2,4 bilhões para uma dívida de longo prazo de aproximadamente R$ 1 bilhão –, e a contribuição, em dinheiro, de aproximadamente de R$ 9,1 milhões.
A composição acionária da empresa ficou com o BTG Pactual como maior acionista, com 49,57% de participação; a E.ON passou a deter 12,25%; e o Itaú Unibanco, 11,65%. A Ice Canyon LLC tem 6,80% do capital da companhia e os demais 19,73% estão pulverizados nas mãos dos demais investidores.
O aporte de ativos previsto no plano de recuperação judicial possibilitou que a Eneva passasse a deter 100% de participação na BPMB Parnaíba e na Eneva Participações, e aumentasse a presença na Parnaíba Gás Natural, de 18% para 27,3%. Além disso, a empresa também passou a controlar 100% das usinas termelétricas Parnaíba I, Parnaíba III e Parnaíba IV. Segundo a empresa, todos os ativos incorporados irão contribuir para a geração de caixa e o posicionamento estratégico da companhia.