A AES Corporation, que controla a AES Brasil, reportou um lucro líquido de US$ 180 milhões no terceiro trimestre de 2015, um recuo de 63% ante o resultado do mesmo período de 2014. No acumulado do ano a empresa apresenta ganhos de US$ 391 milhões ante um resultado positivo de US$ 563 milhões no ano anterior.
A receita total foi de US$ 3,721 bilhões nos três meses encerrados em setembro queda de 16,2% ante o mesmo período de 2014. Na soma dos nove meses de 2015 esse volume ficou em US$ 11,5 bilhões ante receita de pouco mais de US$ 13 bilhões. Dentre todas as regiões onde a empresa atua o Brasil é o que apresentou maior participação com 28% da receita trimestral e 32% da receita anual da companhia. Essa participação no mesmo trimestre de 2014 era de 34,8% e no acumulado de 2014 até setembro era de 34,7% do total.
Em termos de fluxo de caixa proporcional à AES Corporation o valor apurado foi de US$ 621 milhões ante os US$ 427 milhões do mesmo trimestre do ano passado, um crescimento de 45,7%. No ano esse indicador financeiro das atividades da empresa em todas as regiões onde atua ficou em US$ 948 milhões ante os US$ 604 milhões de 2014. A operação no Brasil respondeu por US$ 31 milhões no trimestre e um resultado negativo no ano de US$ 36 milhões.
Nesses resultados detalhados por regiões a AES reporta o aumento do custo do capital de giro decorrente de um maior volume na aquisição de energia pela Eletropaulo que está na CVA. Ainda por aqui a AES apontou o aumento do volume de energia adquirida pela Tietê em decorrência da hidrologia desfavorável no ano, mas que apresentou resultado favorável nos três meses encerrados em setembro com a redução da aquisição de energia no mercado de curto prazo pela geradora, mas que teve impacto negativo por conta da desvalorização do real para a moeda norte-americana, que reduziu os ganhos da companhia em sua moeda corrente. Aliás, essa queda da cotação do real ante o dólar foi indicado como um dos motivos de queda no resultado da empresa que enfrentou ainda a redução no consumo de energia.
A empresa destacou que está desapontada com fatores macroeconômicos globais nos resultados da empresa. Como reação a companhia informa que está lançando iniciativas para redução de custos e aumento da receita no montante de US$ 150 milhões.