As tarifas da Light terão aumento médio de 16,78% a partir de sábado, 7 de novembro, com impacto de 15,94% em média para os consumidores atendidos em alta tensão e de 17,21% na média do segmento de baixa tensão. Somados os custos das bandeiras tarifárias desde janeiro e a revisão tarifária extraordinária aprovada em 27 de fevereiro, as tarifas da concessionária acumulam alta de  56% em 2015.

Entre os clientes da categoria baixa tensão, os residenciais terão índice de 15,99%; os da área rural, de 21,69% e os comerciais de 19,57%. Na alta tensão, os percentuais variam de 11,10% a 20,07%. A distribuidora  atende 3,7 milhões de unidades consumidoras em 31 municípios do Rio de Janeiro, incluída a capital.
 
O reajuste anual aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica nesta quinta-feira, 5, reflete o aumento das despesas com encargos setoriais, especialmente o pagamento do empréstimo da conta ACR,  e o custo de compra de energia. Os encargos tiveram crescimento de 30,66%, com efeito tarifario médio de 5,98 pontos percentuais.

A compra de energia ficou 14,91% mais cara em relação ao processo anterior e contribuiu para um acréscimo na tarifa de 7,83 pontos percentuais. Os itens que mais influenciaram o resultado foram os contratos com a UTE Norte Fluminense (variação de 21%) e a hidrelétrica de Itaipu (variação de 17%). Em ambos os casos, pesou o comportamento do câmbio, já que o gás da termelétrica é cotado em dólar e a tarifa de repasse de Itaipu também. Com isso, o valor médio da energia comprada, considerando todos os contratos da empresa, passou de R$163,92/MWh para  R$198,5/MWh.

O diretor-presidente da Light, Paulo Roberto Pinto, destacou que a maior parcela do aumento é destinado à cobertura de custos da distribuidora. O que vai, de fato para o caixa da empresa, segundo ele, é 1,9% do total. “O que tem preocupado as distribuidoras é o volume de despesas a serem reembolsadas”, afirmou o executivo. Ele acrescentou que o reajuste aprovado é importante para a Light porque, em grandes números, cobriu os custos da empresa. “A gente acumulou uma CVA (Conta de Variação dos Itens da Parcela A) significativa”, disse.