Os funcionários da Empresa de Pesquisa Energética entraram em greve na última quarta-feira, 4 de novembro, por tempo indeterminado. De acordo com Agamenon Oliveira, diretor de Negociações Coletivas do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro, a greve se deve ao reajuste salarial proposto de 5%, abaixo da inflação. Para repor a inflação, o reajuste deveria ser de, pelo menos, 8,17%, de acordo com o diretor. Os funcionários já haviam realizado uma paralisação de 48 horas sem sucesso.

"Sempre foi difícil fechar o acordo coletivo no prazo. A data base é setembro. Esse ano, sob o efeito da crise propuseram um reajuste abaixo da inflação", declarou Oliveira à Agência CanalEnergia. Ele contou que o sindicato procurou a mediação do Ministério Público do Trabalho para tentar uma conciliação. Normalmente, ainda de acordo com o diretor, uma audiência demora em torno de 15 dias para ser marcada.

"O acordo anterior tinha um reajuste integral e um ganho real pequeno. Esse de agora está muito distante dos acordos praticados no setor elétrico", afirmou. A EPE, segundo ele, tem cerca de 340 funcionários. A entidade é responsável pelo planejamento do setor elétrico.