A AES Tietê reverteu o prejuízo registrado no terceiro trimestre de 2014 e apresentou lucro líquido de R$ 167,4 milhões nesse período de 2015. A geradora explica esse crescimento devido ao menor volume de energia comprada no mercado de curto prazo, pelo menor rebaixamento do MRE no período e menor PLD. No acumulado de 2015, o resultado líquido da empresa está 6% menor do que no mesmo período de 2014 com ganhos de R$ 493,8 milhões.
O Ebitda no terceiro trimestre ficou em R$ 337,5 milhões, revertendo assim o resultado negativo de R$ 69,7 milhões do mesmo período do ano passado. No acumulado do ano esse indicador apresenta crescimento de 4,5%, totalizando R$ 998 milhões com margem de 50,2%
A receita líquida da geradora somou R$ 632 milhões no terceiro trimestre do ano, um volume 27,2% abaixo do reportado no ano passado. Esse desempenho, explicou a empresa, reflete a ausência de energia vendida no mercado spot e o menor volume de energia vendida à distribuidora do grupo, a AES Eletropaulo, devido à estratégia de sazonalização. Já no acumulado de 2015, o resultado é 14,2% menor do que em 2014, com o registro de R$ 1,988 bilhão, em função da queda de venda no mercado de curto prazo.
Se por um lado a receita caiu devido ao MCP, a linha custos e despesas seguiu a mesma tendência e pelo mesmo motivo. Excluindo a depreciação e amortização, a geradora apresentou uma redução de 68,6% em relação ao mesmo período do ano passado com GSF menor e menos energia sendo comprada no mercado spot. O custo de energia comprada/ liquidada na CCEE passou de R$ 859,2 milhões em 2014 para R$ 201,7 milhões, redução de 76,5% somente com esse item. No ano, a queda acumulada é de 34,1%, resultado esse atribuído à estratégia de sazonalização e ao menor PLD no período na comparação entre 2015 e 2014.
A energia gerada pela empresa somou 1.994,5 GWh, um aumento de 59,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. A maior usina da empresa, a de Água Vermelha aumentou sua produção em 46,9%, já Bariri elevou em 50,6%, a de Barra Bonita teve indicador positivo de 40,5%, em Caconde ficou em 115,5% e Nova Avanhandava em 117,4% na base trimestral. Já no acumulado do ano a geração ainda está 3,8% menor do que o reportado entre janeiro e setembro de 2014.
Segundo a AES Tietê, o rebaixamento do MRE verificado no terceiro trimestre do ano é de 13,8%, uma melhora em comparação com o mesmo período de 2014 quando o índice ficou em 15,2%. A geração e a redução do nível de rebaixamento são explicadas pela empresa como o resultado da melhoria das afluências no país e a redução da geração térmica.
Mas, afirma a empresa, tendo em vista as perspectivas hidrológicas, a retração da carga de 2% a 2,5% ante 2014 e o desempenho da economia, a companhia revisou as estimativas e prevê a manutenção do déficit hídrico na faixa de 15% a 17%. Essa projeção, se confirmada, poderá impactar o resultado ebitda da AES Tietê entre R$ 570 milhões a R$ 630 milhões.