A Equatorial comemora o resultado de perdas desse trimestre na área de concessão da Celpa. De acordo com o balanço apresentado pela companhia, a distribuidora paraense encerrou o terceiro trimestre com índice de perdas totais de 31,1% sobre a energia requerida. Apesar da meta regulatória de 26%, a companhia registrou recuo de 0,5 ponto porcentual ante os 31,8% reportados no trimestre anterior, mesmo com um cenário macroeconômico que é classificado como negativo para a redução desse indicador assim como o aumento da inadimplência.
“Conforme comentado no trimestre passado, reformulamos ao longo do segundo trimestre os processos de combate a perdas. Esse é o resultado que já pode ser visto. Mesmo com o cenário econômico complexo e uma dificuldade de combater as perdas conseguimos que as perdas voltassem a cair”, destacou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Equatorial Eduardo Haiama.
Apesar do cenário positivo o executivo admite que ainda não é possível afirmar que essa deverá ser a tendência para os próximos meses. Um dos motivos é justamente o cenário macroeconômico que acaba pesando sobre os consumidores e reflete tanto em perdas quanto na inadimplência. Mesmo assim, disse Haiama, “vamos para cima com tudo para reduzir ao máximo as perdas nos próximos meses”. Quando se olha apenas para o segmento de baixa tensão na Celpa, as perdas chegaram a 44,2%, recuo de 1 ponto porcentual ante o segundo trimestre de 2015. Ainda assim, está mais de 10 p.p. acima da meta regulatória da Aneel.
A Equatorial sempre é questionada sobre quão bem sucedida será a ação de combate a perdas da Celpa. Isso porque a companhia tem o caso de referência da Cemar. Os indicadores da concessionária maranhense estão abaixo da meta estabelecida pela agência reguladora. As perdas totais fecharam o trimestre em 17,6% ante limite de 19,3% e na baixa tensão estão em 12,5% sendo que a meta é de 15,4%.
Haiama disse que as ações na região da Celpa seguem o mesmo conceito implementado na área da Cemar. Contudo afirmou que é difícil estimar se a companhia terá o mesmo nível de sucesso no combate verificado no Maranhão. Entre os motivos, está o fato de que a economia não está no mesmo momento positivo que o visto no passado. Apesar disso, confia que o modelo implantado deverá trazer para baixo os indicadores da concessionária do Pará.