Adiamento do leilão de UHEs não sinaliza dificuldades, diz MME
Governo ainda espera receber parcela de recursos referente as outogas neste ano
Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, do Rio de Janeiro Compartilhar
O novo adiamento do leilão de UHEs existentes para 25 de novembro não sinaliza nenhuma dificuldade ou mudança de rota, segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura. Segundo ele, o leilão é um produto bom porque as usinas estão concluídas, em operação e em condições muito favoráveis no que diz respeito à manutenção.
"Esse fato de ter adiado alguns dias não muda nada. Não é uma sinalização de dificuldades", declarou Altino, que participou do lançamento do Brasil Solar Power, que aconteceu nesta quarta-feira, 28 de outubro, no Rio de Janeiro. Segundo ele, o governo ainda pretende receber a parcela de recursos referente a outorga das usinas, que somam R$ 17 bilhões, ainda neste ano.
Questionado quanto a participação de investidores externos na licitação, Altino disse apenas que o setor elétrico brasileiro desperta interesse dos investidores. "Nós temos tido vários investimentos externos em geração e transmissão e, evidentemente, esse produto, que é bom, também desperta o interesse de investidores estrangeiros", conclui.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Mauricio Tolmasquim, avaliou que o adiamento dá mais tempo para os bancos estruturarem um financiamento. Nesta semana, o Banco do Brasil anunciou que pretende financiar o leilão junto com um pool de bancos.