As tarifas da Eletrobras Amazonas Distribuidora ficarão em média 40,54% mais caras em 1º de novembro. Na alta tensão, o efeito médio será de 42,55%, enquanto na baixa tensão o impacto do reajuste será de 39,10% na média. Em 2014, as tarifas da Amazonas foram reajustadas em média em 2,17%.
O aumento aprovado nesta terça-feira, 27 de outubro, seria ainda maior, mas uma decisão judicial impediu a cobrança do custo das bandeiras tarifárias, com a entrada de Manaus no Sistema Interligado. A partir de 1º de maio de 2015, com a conclusão das obras da integração da capital amazonense, a Aneel e o Ministerio de Minas e Energia reconheceram a plena interligação ao SIN. A Amazonas estaria autorizada pela agência a incluir o adicional das bandeiras na tarifa de energia de seus consumidores residenciais, mas o Tribunal Regional Federal da 1ª Região concedeu liminar para suspender a decisão da autarquia, até manifestação posterior.
No processo tarifário de 2015, houve um incremento no custo dos encargos setoriais da Amazonas em 330,39%, com impacto tarifário de 10,67 pontos percentuais no índice da distribuidora. Os gastos com compra de energia subiram 31,81% em relação a 2014, com efeito médio de 23,97 pontos percentuais na tarifa.
A maior parte do acréscimo, segundo o diretor da Aneel Tiago Correia, é explicada pelo aumento do custo da energia, considerando geração própria e contratos bilaterais, que ficou na média em R$ 295,10/MWh. A concessionária atende cerca da 900 mil unidades consumidoras no estado do Amazonas.