A Eletrobras Distribuição Roraima foi autorizada a aplicar aumento médio de tarifas de 41,52% a partir de 1º de novembro na capital Boa Vista. O reajuste anual terá impacto médio de 40,33% para os consumidores atendidos em baixa tensão e de 43,65% em média para o segmento de alta tensão. No interior do estado, que é atendido pela CERR, serão mantidas as tarifas de 2014, até que a distribuidora estadual regularize o débito em atraso de mais de R$ 4 milhões com compra de energia da Eletrobras-RR.

Os índices aprovados para a concessionária da Eletrobras são reflexo do aumento dos custos de aquisição de energia, que contribuiu para um efeito tarifário de 36,24%. A empresa deixou de contar com parte da energia importada da Venezuela e passou a comprar energia de termelétricas instaladas pela Eletronorte em Boa Vista.

Os encargos setoriais também foram um fator de pressão sobre as tarifas com aumento de 37,47%. A distribuidora atende 101 mil unidades consumidoras em Boa Vista.

No caso da CERR, o reajuste que seria aplicado a partir de 1º de novembro sequer foi processado pela Agência Nacional de Energia Elétrica. No ano passado, as tarifas da empresa tiveram reajuste médio de 18,49%. A diretoria da Aneel determinou na época a elaboração de estudos para restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro da concessionária. O estudo, segundo a agência, ainda não foi concluído.

Ao aprovar na semana passada o termo aditivo de prorrogação das concessões de distribuição, a Aneel excluiu a Cerr da lista de distribuidoras que estariam aptas a assinarem o novo contrato de 30 anos. A distribuidora atende 42 mil unidades consumidoras em Roraima, sem contrato de concessão. A avaliação da agência é de que a empresa não é viável como concessão e a alternativa seria sua incorporaçao pela Eletrobras-RR.