O Ministério de Minas e Energia confirmou que o leilão de UHEs existentes, marcado para o dia 6 de novembro, será adiado. Segundo o MME, o certame ainda será realizado em novembro, mas em nova data a ser definida. O prazo de assinatura dos contratos de concessão continua programado para acontecer em dezembro deste ano.

José Jurhosa, diretor-geral substituto da Agência Nacional de Energia Elétrica, comentou que o adiamento vai ocorrer em função da Medida Provisória 688. A MP, que permite ao governo cobrar a outorga pela concessão das usinas e promove a repactuação do risco hidrológico, ainda precisa ser votada no Congresso Nacional. Segundo ele, o adiamento é uma forma de garantir a segurança jurídica. Para a Aneel a postergação também não traz nenhum problema, pois, de acordo com ele, dá tempo de assinar os contratos de concessão até 31 de dezembro.

O diretor concordou que o adiamento do leilão também permite que as instituições financeiras ganhem tempo para estruturar o modelo de financiamento para as empresas pagarem a bonificação de outorga, que chega a R$ 17 bilhões. Na última segunda-feira, 26 de outubro, o presidente do Banco do Brasil, Alexandre Corrêa Abreu, disse que financiará junto com um pool de bancos o certame. O leilão vai oferecer concessões de 29 hidrelétricas em cinco lotes.