A Eletronuclear recebeu na semana passada carta da EBE pleiteando continuar as obras da usina de Angra 3 com o consórcio Angramon. Techint, Queiroz Galvão, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa pediram para sair do consórcio alegando falta de pagamento por serviços executados, ficando apenas a EBE na empreitada. Para continuar com as obras, a EBE teria que buscar parceiros para dar continuidade às atividades no canteiro, paralisadas desde setembro. De acordo com informações da Eletronuclear, a estatal já recebeu a carta, mas ainda avalia junto a seu departamento jurídico.

A EBE, empresa que faz parte do grupo MPE, conta com o tempo como aliado, uma vez que um eventual descredenciamento do Angramon, ainda que gere penalidades ao consórcio, acabaria culminando em uma nova licitação. Isso levaria a data de início da operação comercial de dezembro de 2018 para frente. A EBE também conta com a expertise de ter participado da montagem das usinas de Angra 1 e 2.

Com 1.406 MW, Angra 3 deveria ter entrado em operação em 2015. Desde o seu anúncio, a usina é alvo de entraves que foram postergando as suas obras e o início da operação. Recentemente, ela foi envolvida na Operação Lava Jato, com suspeitas de corrupção nas licitações.