A AES Eletropaulo aumentou a projeção de investimentos no período de 2015 a 2019 em R$ 500 milhões, para R$ 3,7 bilhões, com o anúncio de seu plano de atuação para combater os problemas ocasionados pelo clima no verão em sua área de concessão. Esse novo valor adicional de investimento será aplicado entre 2015 e 2017 e prevê, principalmente, a contratação de pessoal, compra de veículos, construção de quatro novas bases operacionais e a compra de três mil religadores automáticos.
De acordo com o vice presidente de Operações da AES Brasil, Sidney Simonaggio, a meta da empresa é de trazer os indicadores de qualidade para níveis mais próximos ao do patamar regulatório estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica de DEC de 8 horas ao ano e FEC de seis vezes nesse mesmo período.
Ainda segundo o executivo, serão contratadas 947 pessoas, sendo 660 eletricistas, o que representa um aumento no número de equipes de cerca de 70%, que passará de 320 para 540. Além disso, estão incluídos 150 novos leituristas, 43 técnicos, 51 despachantes e equipes, 12 assistentes e 16 supervisores de campo.
A empresa informou que terá mais quatro bases operacionais e comprará 230 novos veículos, o que elevará a frota da empresa a 1.800 unidades. O executivo destacou ainda que a distribuidora terá investimentos no sistema de ERP que culminará com a impressão da conta no momento da leitura.
“Já estamos com obras em andamento e deveremos fechar 2015 com algo entre R$ 45 milhões a R$ 50 milhões realizados. O grosso será realizado ao longo de 2016 e mais um pouco em 2017”, disse o executivo durante a apresentação das ações que a distribuidora terá em 2015 para mitigar os impactos vistos neste ano e que levaram a empresa a ser multada em R$ 47 milhões.
Simonaggio defende que no ano passado o movimento climático foi atípico com o registro de 48% mais dias com tempestades do que a média. Além disso, citou que em um mês foram registradas 3 quedas de árvores por hora na área de concessão da companhia, o que naturalmente eleva o tempo de atendimento por conta da dificuldade em se reparar a rede de distribuição. Em 2015, a empresa espera um número maior de dias com tempestades severas por conta do El Nino deste ano que é o quarto evento climático que está na classificação de muito forte desde 1958.