As tarifas da CPFL Piratininga terão aumento médio de 21,11%, resultante da revisão tarifária da distribuidora. As novas tarifas serão aplicadas a partir do dia 23 de outubro e terão impacto médio de 16,66% na alta tensão e de 24,81% para os consumidores atendidos em baixa tensão.

O aumento reflete o crescimento dos encargos financeiros, que representaram 16,15 pontos percentuais do índice e foram somados ao reposicionamento tarifário de 8,06 pontos percentuais. Os efeitos da liminar que isentou consumidores industriais associados à Abrace do pagamento de parte dos custos da Conta de Desenvolvimento Energético também serão sentidos na tarifa de baixa tensão. O custo foi repassado aos demais consumidores e teve impacto de 2,6 pontos percentuais na tarifa do cliente residencial.

A revisão também reflete o efeito da redução dos contratos da hidrelétrica de Santo Antônio. Outro item com peso significativo na tarifa da Piratininga foi a compra de energia de Itaipu, em razão da variação cambial. Relator do processo na Aneel, o diretor Tiago Correia destacou o descolamento da tarifa de energia dos índices de inflação IPCA e IGPM neste último ciclo tarifário.
 
A Aneel aprovou um nível de perdas comerciais de 3,90% sobre o mercado de baixa tensão da distribuidora. Foram definidos ainda os limites dos indicadores de qualidade DEC e FEC – que medem a duração e frequência das interrupções no fornecimento de energia por conjunto de consumidores da Piratininga – para o período de 2016 a 2019.