O leilão A-5 de 2016 cadastrou 1.055 projetos que somam 47.618 MW. A fonte eólica liderou no número de projetos com 864 cadastrados, que totalizam 21.232 MW. As termelétricas movidas a gás natural vieram em seguida, inscrevendo 36 projetos que juntos resultam em 18.741 MW. Já as movidas a biomassa, foram 63 projetos que totalizam 3.019 MW. Apenas um projeto de biogás de 21 MW foi cadastrado. Sete termelétricas a carvão que somam 3.056 MW se inscreveram. Na fonte hídrica, as Pequenas Centrais Hidrelétricas somam 1.019 MW, distribuídas em 78 projetos de usinas. Por último, seis hidrelétricas totalizam 529 MW.
Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética, destacou o alto número de projetos e o montante de quase 50 mil MW que o leilão cadastrou, o que segundo ele, mostra o interesse do mercado pelo certame mesmo em um período de crise. "O modelo do setor elétrico traz tranquilidade para o investidor com o contrato de longo prazo. A receita é garantida", avalia. A Bahia novamente liderou entre os estados cadastrando mais de 8,5 mil MW. O Rio Grande do Norte veio em seguida, no rastro de mais de 5.500 MW de fonte eólicas cadastrados.
Outro aspecto que o presidente da EPE ressaltou foi a grande quantidade de energia vindas de projetos de gás natural, com 18.741 MW. A maioria dos projetos a gás indica que serão térmicas movidas a GNL. Somente no Rio de Janeiro, são sete UTEs inscritas que somam 5.114 MW. Com isso, o estado ficou na segunda posição entre os que mais cadastraram projetos. De acordo com Tolmasquim, em caso de viabilização dessas usinas, não será necessário reforço na transmissão no estado por estar próximo da carga. "A vantagem de ser no Rio de Janeiro é que é centro de carga, não precisa de reforço", complementa. O estado tem ainda duas PCHs cadastradas.
As UHEs do certame, que ficam localizadas no estado do Paraná, Goiás e Tocantins, ainda dependem de licença ambiental para poder se habilitarem a participar do leilão. Sem uma grande hidrelétrica em certames, a esperança de Tolmasquim é que a UHE São Luiz do Tapajós seja licenciada para 2016. Seria um leilão estruturante, à parte. "Tapajós faz a diferença, são 8 mil MW", explica. A intenção do governo é de leiloar a usina no primeiro semestre de 2016.