A UTE Pecém I fez com que o volume de energia vendido pelo grupo EDP crescesse no terceiro trimestre de 2015 64% na comparação com o mesmo período do ano passado. A empresa divulgou na última quinta-feira, 15 de outubro, seus resultados operacionais. Foram 3.290 GWh neste período, superiores aos 6.136 GWh do ano passado. No acumulado do ano, o volume é de 8.281 GWh, 35% acima dos 6.136 GWh dos nove meses de 2014. A UTE Pecém entrou na contabilização do grupo a partir de maio de 2015, quando se completou a operação de aquisição junto a Eneva.
No contraponto, caso fosse considerada apenas a energia vendida pelas hidrelétricas, haveria uma queda de 3,7% no trimestre, com 1.933 GWh. No mesmo período do ano passado, o valor foi de 2.006 GWh. Nos nove meses do ano, há um aumento de 1,9%, decorrente da diferença de sazonalização entre os períodos e de operações de curto prazo realizadas em 2014, que não ocorreram em 2015.
O total de energia distribuída pela EDP neste trimestre caiu 4,4%, ficando em 6.187,126 MWh. No acumulado do ano, a queda é de 1,8%, com um total de 19.676.707 MWh. A energia vendida a clientes finais no trimestre ficou em 3.644.739 MWh, 4,1% a menos que os 3.799.288 MWh do mesmo período de 2014. Na EDP Bandeirante, ela ficou em 2.179.657 MWh, 6,2% abaixo do registrado no terceiro trimestre de 2014, e na EDP Escelsa, o valor é de 1.465.082 MWh, recuando 0,7%. A queda é reflexo do consumo das classes residencial e industrial, impactadas pela desaceleração da economia e pelo aumento das tarifas. Nos nove meses de 2015, a energia vendida caiu 1,1%, ficando em 11.631.878 MWh.
O consumo por cliente caiu 9% na EDP Bandeirante (SP) e 5,5% na EDP Escelsa, devido aos impactos do atual cenário econômico. Na Bandeirante, ele foi de 175,2 kWh e na Escelsa chegou a 154,4 kWh. No acumulado do ano, o consumo por cliente é de 184,7 kWh na EDP Bandeirante, 5,8% menor que no mesmo período de 2014. Já na EDP Escelsa, o consumo em nove meses caiu 2,7%, ficando em 171,2 kWh. No segmento residencial, as concessionárias do grupo viram um recuo de 4,6% e no comercial, a variação negativa chegou a 0,4%, impactados pelo aumento do desemprego e pela queda do rendimento real. Na classe industrial, a retração no consumo chegou a 10,3%, puxada pela baixa atividade industrial, que no acumulado do ano caiu 6,9%.
No ambiente livre, a energia em trânsito consolidada destinada ao atendimento do consumo dos clientes livres, recuou 5,4% no trimestre em função da desaceleração econômica. Nos nove meses, a queda é de 3,3%. Já o volume de energia comercializada no terceiro trimestre totalizou 2.785 GWh, caindo 17,1% em comparação aos 3.360 GWh comercializados no terceiro trimestre do ano passado. No acumulado do ano, o volume de energia comercializada totalizou 7.993 GWh, redução de 17,5% em comparação aos 9.690 GWh vendidos até setembro de 2014.