Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico referentes ao último dia 12 de outubro mostraram que a geração eólica no Subsistema Nordeste foi responsável por mais um recorde, atingindo 3.689 MW às 8:24h, o que representou 46% da demanda deste Subsistema, com fator de capacidade de 84%. Durante o ano de 2015, a fonte já havia superado seus índices de geração. Para o Nordeste a marca anterior era de 3.495 MW em 22 de setembro, representando 35% do abastecimento e 83% em fator de capacidade. A região Sul do país também atingiu números relevantes, sendo verificado no dia 10 de agosto, 1.238 MW de geração, às 02:12h, correspondendo a 80% da capacidade total instalada na região e 16,5% da carga do Submercado Sul.

Em 2014, as usinas eólicas geraram em todo o ano 12 TWh de energia, com fator de capacidade médio de 38%. No primeiro semestre de 2015 já foram gerados por fonte eólica 8 TWh, mais da metade gerada ao logo de todo ano anterior.

Para a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica, Elbia Gannoum, a geração verificada indica números que comprovam a relevância da fonte eólica para a segurança do sistema. Ainda segundo ela, no período de seca a contribuição proveniente dos ventos mostra-se ainda maior, podendo alcançar novos recordes ainda esse ano, destaca.

A fonte vem contribuindo para o suprimento de energia do sistema nos períodos de escassez hídrica, que vem sendo observados desde o fim de 2013 e se agravaram desde então. No último dia 9 de agosto houve recorde de geração eólica do Sistema Interligado Nacional, de 4.432 MW às 22:47h, representando 8% da carga deste sistema, com um fator de capacidade de 78%. Atualmente, são 7.657,9 MW instalados. O montante é responsável por abastecer 13 milhões de residências, em média. Com isso, evita-se a emissão de 13,5 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera.