Entre 2007 e 2013, o custo médio da energia elétrica cresceu 8,6% ao ano para a indústria de cloro e álcalis, segundo levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). O aumento crescente da tarifa de energia elétrica, insumo que representa 46% do custo operacional desse setor, tem afetado a competitividade das empresas instaladas no Brasil, como destacou Martim Afonso Penna, diretor executivo da Abiclor, durante participação do 3º Encontro Nacional de Consumidores Livres, evento realizado pelo Grupo CanalEnergia nesta quarta-feira, 30 de setembro, em São Paulo.
"Em termos de competitividade, hoje temos um problema sério. Nossa competitividade no cenário internacional está ameaçada, principalmente pelas questões da energia elétrica", afirmou Penna. Numa perspectiva história, o custo da energia elétrica cresceu 132% entre 2003 e 2013 para a indústria brasileira de cloro e álcalis. "O Brasil passou da melhor posição internacional para a segunda pior posição em 2013", lamentou o executivo.
Hoje o Brasil conta com oito fábricas de cloro e soda, sendo que 60% da produção está localizada no Nordeste do país e 40% nas regiões Sudeste e Sul. O capital investido por esse segmento, segundo o estudo da FIPE, está estimado em US$ 1,4 bilhão. Esse segmento gera 1.083 empregos diretos e representa 0,7% do PIB industrial do Brasil. Em 2013, a receita do setor totalizou R$ 4,45 bilhões. "O impacto da MP 579/12, que anunciava uma redução de 20%, na verdade para o setor de cloro e soda representou um aumento de 6,16%, e 7,5% para a indústria em geral", destacou Penna.