A Casa dos Ventos inaugurou nesta terça-feira, 29 de setembro, o complexo eólico Ventos de Santa Brígida, localizado nas cidades pernambucanas de Caetés, Paranatama e Pedra. Com capacidade de 181,9 MW, o complexo é o maior do estado, tendo recebido investimentos de R$ 864 milhões. A construção do parque gerou cerca de mil empregos diretos e dois mil indiretos. O complexo é o primeiro parque de propriedade integral da empresa a entrar em operação. De acordo com Lucas Araripe, diretor de novos negócios da Casa dos Ventos, a inauguração representa um novo marco para a empresa, após o êxito no desenvolvimento e na construção de projetos. "A inauguração marca uma nova fase para a empresa, já dominamos o elo de construir e o de identificar o parque", explica.

As usinas que compõem o parque foram comercializadas no leilão de reserva de 2013. Isso também é motivo de orgulho para o executivo, já que esse certame exigia um prazo de execução dos projetos muito justo, com pouco mais de dois anos e a Casa dos Ventos conseguiu cumpri-lo na integralidade. O complexo é composto por 107 aerogeradores da GE com potência de 1,7 MW e de altura de 80 metros. O diâmetro do rotor tem 100 metros de comprimento. Os parques possuem 92 quilômetros de redes internas de média tensão que se somam a 46 quilômetros de linhas de transmissão para escoar a energia do parque ao Sistema Interligado Nacional.

A empresa já prepara a inauguração de mais oito parques no estado. O complexo eólico Ventos de São Clemente, composto por oito parques que totalizam 216 MW, deve ser inaugurado em julho de 2016. Ele fica nas cidades de Caetés, Pedra, Venturosa e Capoeira, o que vai transformar a região em uma das maiores geradores de energia do país. Ainda de acordo com Lucas Araripe, a qualidade dos ventos e a logística amigável para fornecedores fazem o estado a ter um papel de destaque nas escolhas da empresa.

Atuando desde 2007 no setor, a Casa dos Ventos já desenvolveu muitos projetos que hoje já estão em operação. No último leilão de eólicas, o projeto viabilizado da Votorantim Energia foi desenvolvido por ela. Segundo Araripe, a empresa maturou a sua entrada na geração, o que a fez estudar bastante os ventos na região Nordeste para apresentar projetos de melhor qualidade. "Para ser um bom desenvolvedor, tem que ter projetos com baixa incerteza” avisa. Desde 2009, ela desenvolveu cerca de 3.900 MW que estão em construção ou em operação. Somados aos 1.100 MW de propriedade dela em implantação, a leva a ter desenvolvido mais de 5 GW eólicos no país.

*O repórter viajou a convite da Casa dos Ventos