O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras, Armando Casado, disse nesta segunda-feira, 28 de setembro, que diante do contingenciamento do fluxo de caixa a estatal está analisando de forma prudente seus investimentos, e "não há nenhuma razão" para que ela participe do leilão de usinas existentes, marcado para o dia 6 de novembro. "O objetivo da Eletrobras primordialmente é a agregação física ao sistema. É colocar novos megawatts de geração", explicou, após participar, no Senado, de audiência pública da comissão mista que analisas a Medida Provisória 677.

Em tempos de orçamento apertado, a estatal deve concentrar seu investimentos nos leilões de novos empreendimentos de geração e de transmissão, especialmente nos grandes projetos da Amazônia. Segundo Casado, a empresa fez uma reavaliação do plano de negócios para adequá-lo as condições atuais.

O certame inicialmente previsto para o 29 de outubro foi adiado para que o Ministério de Minas e Energia incluísse ajustes recomendados pelo Tribunal de Contas da União, como a reorganização dos lotes das concessões que serão ofertadas. Todas as outorgas são de usinas hidrelétricas de grande e pequeno porte, que não foram renovadas pelos critérios da Lei 12.783 por empresas como Cemig, Cesp, Copel e Celesc e agora serão relicitadas com o pagamento de um bonus de outorga pelos futuros concessionários. O governo espera arrecadar R$ 17 bilhões com o leilão.