A presidente Dilma Rousseff disse, ao ser questionada sobre a construção da hidrelétrica de Belo Monte (PA, 11.233 MW) e, futuramente, das usinas do Complexo de Tapajós, que o Brasil tem feito um imenso esforço para compatibilizar a geração de energia com a preservação ambiental, mas que falhas existem. No entanto, ainda de acordo com ela, o país não pode abrir mão da hidreletricidade ainda. "Ele abrirá quanto ele ocupar o potencial que tem para ocupar", comentou em entrevista após discurso na Organização das Nações Unidas.
Ela lembrou que um país do tamanho do Brasil não consegue se manter se não tiver energia de base, proveniente de hidrelétricas, fontes fósseis e físseis. "[…]o carvão é energia de base, o gás é energia de base, o diesel é energia de base. Para manter um país com 204 milhões de habitantes você tem que ter energia de base. Tem uma outra energia de base, ela chama hidrelétrica. A energia hidrelétrica, se comparada com essas três fontes, ela é uma das energias mais amigáveis, do ponto de vista ambiental", declarou a presidente.
Dilma disse ainda que a energia eólica e a solar são complementares e que a melhor solução é serem colocadas junto com uma renovável de base, no caso, as hidrelétricas. A presidente frisou que as condicionantes ambientais precisam ser cumpridas pelas empresas, não somente na construção de hidrelétricas, mas em todas as áreas. "Todo mundo tem que cumprir condicionalidade. O pessoal que vai construir solar, o pessoal que vai construir eólica, se não cumprir está errado", afirmou.