O Brasil deverá reduzir em 43% as emissões de gases do efeito estufa até 2030 e em 37% até 2025, na comparação com 2005, segundo anunciou a presidente Dilma Rousseff durante discurso proferido na Organização das Nações Unidas. Ela disse ainda que as fontes renováveis passarão a representar 45% da matriz energética do Brasil também até 2030, enquanto a média mundial é de 13% e nos países da OCDE, de 7%.

Dilma ressaltou que os objetivos para a área de energia são ambiciosos: participação de 66% da fonte hídrica e de 23% de fontes renováveis – eólica, solar e biomassa – na geração de energia elétrica; aumento de 10% na eficiência elétrica; além da participação de 16% de etanol carburante e de demais fontes derivadas da cana-de-açúcar no total da matriz energética. "…as adaptações necessárias frente à mudança do clima estão sendo acompanhadas por transformações importantes nas áreas de uso da terra e florestas, agropecuária, energia, padrões de produção e consumo", afirmou a presidente.

Assim, segundo Dilma, o Brasil contribui para que o mundo possa atender às recomendações do Painel de Mudanças do Clima, que estabelece o limite máximo de 2º Celsius de aumento de temperatura neste século. "O Brasil é um dos poucos países em desenvolvimento a assumir uma meta absoluta de redução de emissões. Temos uma das maiores populações e PIB do mundo e nossas metas são tão ou mais ambiciosas que aquelas dos países desenvolvidos", declarou.