A situação do Nordeste continua a se deteriorar em termos de energia natural afluente. A previsão do Operador Nacional do Sistema Elétrico é de que a ENA daquele submercado fique em apenas 42% da média histórica no mês de outubro. Com isso, a estimativa inicial para o armazenamento ao final de outubro é de 9,5%. Segundo dados do próprio operador, os reservatórios da região acumulavam 14,65% no dia 24 de setembro.
Segundo o operador, durante o primeiro dia de reunião do Programa Mensal de Operação, realizada na quinta-feira, 24 de setembro, a perspectiva de redução do nível dos lagos daquela região deve-se a um aumento esperado da demanda diante da elevação das temperaturas no país. Inclusive, já considera até mesmo que a UHE Sobradinho poderá secar caso o cenário hidrológico se mostre pior do que o esperado.
Já nas demais regiões, o ONS espera uma sensível melhora nos armazenamentos na região sul, com 82,2% do total. No maior submercado do país, o Sudeste/Centro-Oeste está projetado um nível de 28,9%, mesmo indicador esperado para o final de setembro, mas ainda em 24 de setembro o nível dessa região estava acima do esperado, com 33%. No Norte espera-se uma queda significativa ao final de outubro com 27,7%, atualmente a região está com 41,5%, segundo os dados mais recentes do operador.
Apesar dessa perspectiva o CMO médio está equalizado em todas as regiões do país em R$ 191,07/MWh. O valor para o patamar de carga pesado para a semana operativa que se inicia neste sábado, 26 de setembro, está em R$ 198,03/MWh, a carga média em R$ 194,64/MWh e a leve em R$ 183,80/MWh. Ontem, o ONS revelou que a perspectiva de chuvas para o final do mês de outubro no Sudeste/Centro Oeste é de 98% da MLT, mesmo com a perspectiva de atraso no início do período úmido. Já no Sul foi ajustado de 108% para 104% da média histórica. No Norte manteve-se em 67% da média.
Nessa mesma oportunidade o operador disse esperar uma queda de 3% na carga do mês de outubro quando comparada ao mesmo período do ano passado, para 65.152 MW médios. A previsão é de que esse patamar seja alcançado em decorrência da demanda 5% menor no SE/CO e de 4% no Sul do país. No sentido contrário, é esperado aumento do consumo de 7,1% no Norte e de 1% no NE. Essa disparada no consumo da região Norte deve-se à integração de Macapá ao SIN, que ocorreu em 13 de setembro.

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