O atual cenário econômico fez a Light (RJ) priorizar os investimentos na infraestrutura necessária para a Olimpíada de 2016. A empresa está investindo R$ 400 milhões em infraestrutura para os Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro. No total serão investidos mais de R$ 500 milhões, além dos recursos da distribuidora, serão R$ 153 milhões do Ministério do Esporte e R$ 27,7 milhões da CDE. O investimento compreende obras na alta média e baixa tensão, como subestações, linhas de transmissão, redes de distribuição e obras de modernização da proteção da rede. Até abril do ano que vem todas as obras deverão estar terminadas.
Uma dessas obras que já está em operação é a Subestação Olímpica, feita em parceria com Furnas, que demandou investimentos de R$ 153 milhões. Ela fica na região da Barra da Tijuca e foi entregue em maio de 2015. "Ela é de última geração", revela Ricardo Rocha, diretor de distribuição da Light, nesta quarta-feira, 23 de setembro, durante o anúncio do plano de operação para a competição. A maioria dos projetos está concentrada na Zona Oeste do Rio de Janeiro, local em que serão realizadas mais provas. As zonas Norte, com o estádio olímpico do Engenhão, e Sul, com modalidades como o vôlei de praia e o remo, também estão sendo contempladas com obras que vão garantir o fornecimento e aumentar a confiabilidade. Foram criados quatro clusters olímpicos: Copacabana, Maracanã, Deodoro e Barra da Tijuca.
De acordo com Rocha, os investimentos que a concessionária está fazendo são importantes, porque eles vão significar um futuro de energia com mais qualidade. "Todo esse investimento fica, vai trazer um fornecimento melhor", avisa. Ele lembra que os investimentos específicos para os jogos, como ligações para arenas que serão desmontadas, vão ser custeados pelo governo.
Na alta tensão, segundo o diretor de distribuição, a Olimpíada para a Light começa no dia 5 de julho do ano que vem, quando começam a funcionar as atividades do International Broadcast Centre, o espaço destinado as emissoras de rádio e TV no evento. Já o fim será apenas no término da Paraolimpíada, no dia 18 de setembro. A distribuidora comprou para ser usado nas Olimpíadas um carro de termovisão. O veículo é dotado de câmera infravermelha e outros acessórios capazes de identificar pontos quentes na rede de distribuição que possam interferir o fornecimento da rede elétrica. Ao custo de R$ 500 mil, o carro é dez vezes mais ágil que o meio convencional usado e depois dos jogos vai ser usado pela empresa.
O plano especial de operação vai envolver mais de mil profissionais, entre engenheiros, técnicos, eletricistas e operadores. O call center da distribuidora vai ter atendentes bilíngues durante a olimpíada. A Light também vai atender a energia temporária necessária para os jogos olímpicos, mas o modelo de formatação ainda não está definido, já que isso sai do seu core business. "A Olimpíada é um evento internacional, não apenas do Rio. A demanda por energia vai ocorrer em diversas partes da cidade. Não podemos falhar", explica o presidente da Light, Paulo Roberto Pinto.