O presidente da Cemig, Mauro Borges, informou na saída do Ministerio de Minas e Energia que a empresa pretende disputar as 14 usinas hidrelétricas que pertenciam à estatal e terão suas concessões ofertadas no leilão de 30 de outubro. Borges participou, no MME, de reunião com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o secretário executivo, Luiz Eduardo Barata, e o presidente da Cesp, Mauro Arce, para discutir condições que tornem viável a participação das estatais de Minas Gerais, São Paulo e Paraná (Copel) no certame. O encontro seria com o ministro Eduardo Braga, que foi chamado ao Palácio do Planalto na última hora.
“Não é o governo financiar. Esse é um financiamento do sistema bancário. O que a gente está trabalhando como governo e o sistema bancário é uma forma de estruturação desse financiamento”, explicou Borges nesta quarta-feira, 23 de setembro. O executivo não descarta entre as possibilidades o lançamento de debêntures pela Cemig para pagamento do bônus de outorga, que será dividido em duas parcelas, uma delas ainda este ano e a próxima em 2016.
“Hoje, dada a crise do setor elétrico, nenhuma empresa teria condições de trazer recurso de caixa para participar do certame” disse Borges. Estão fora do leilão as usinas de São Simão, Miranda e Jaguara, que são parte de uma ação da Cemig no Superior Tribunal de Justiça. “A despeito desse contencioso judicial, não vamos participar normalmente do leilão.”