A CPFL Piratininga (SP) investiu R$ 82,5 milhões na rede elétrica de sua área de concessão no primeiro semestre de 2015. Os recursos foram destinados para a ampliação, o reforço e a manutenção do sistema elétrico. O valor é 8,7% superior aos R$ 75,9 milhões aplicados pela companhia em igual período de 2014. Nesse período, receberam mais aporte de investimentos por parte da empresa as cidades de Jundiaí, cujo aporte somou R$ 15,56 milhões; Sorocaba (R$ 12,7 milhões); São Vicente (R$ 8,5 milhões); Indaiatuba (R$ 8,1 milhões); Santos (R$ 8 milhões); Itu (R$ 7,66 milhões); Votorantim (R$ 4,1 milhões); Praia Grande (R$ 3,5 milhões); Cubatão (R$ 3,34 milhões); e Salto (R$ 3,31 milhões).

A companhia registrou lucro líquido de R$ 86 milhões no primeiro semestre de 2015, queda de 18,2% em relação ao mesmo intervalo de 2014, se considerados os ativos e passivos regulatórios não contabilizados no ano passado. A geração de caixa medida no conceito de Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização teve recuo de 9,3% em igual período de comparação, para R$ 206,7 milhões. A receita líquida subiu 44,9%, para R$ 1,969 bilhão. Os resultados da empresa no primeiro semestre de 2015 foram pressionados em função da retração nas vendas de energia e a expansão dos custos gerenciáveis. A receita líquida, por sua vez, foi favorecida pela Revisão Tarifária Extraordinária, autorizada pela Aneel no fim de fevereiro. Essa medida permitiu repassar aos consumidores uma parcela dos custos mais elevados de compra de energia, reduzindo o descasamento de caixa da CPFL Piratininga.

O volume de energia consumido nos vinte e sete municípios atendidos pela companhia teve uma queda de 3,2% no primeiro semestre de 2015 frente ao mesmo período de 2014. Na análise por classe, verifica-se que o consumo de energia dos clientes comerciais teve crescimento de 1,5% nesse intervalo de comparação, ao passo que o consumo dos consumidores residenciais teve recuo de 1,3%. Ambas as classes estão sendo impactadas negativamente pela recente desaceleração do ciclo de expansão do consumo de bens pelas famílias, que, entre 2004 e 2014, foi influenciado pelo aumento real da renda, das baixas taxas de desemprego e do aumento da concessão de crédito. Diante desse cenário, é esperado que as taxas de crescimento de consumo de eletricidade se mostrem menos expressivas e, até mesmo, negativas.

O consumo industrial caiu 6% no mesmo período de comparação, como reflexo da desaceleração da indústria brasileira, que acumula queda de 6,6% nos sete primeiros meses do ano na comparação com o mesmo período de 2014. O consumo dos clientes da linha “outros”, que inclui rural, poder público, iluminação pública e permissionárias, teve ligeiro recuo de 0,9%. Entre os destaques do segundo trimestre de 2015 da companhia está a redução na duração das interrupções no fornecimento da energia, que encerrou junho em 6,80 horas, uma queda de 8,7% na comparação com as 7,45 horas ao final do mesmo mês em 2014. A frequência das interrupções também teve queda de 9,6% no período, de 4,65 vezes para 4,20 vezes.