O prazo para que o laudo pericial sobre a disputa judicial que envolve a Eletrobras, Cteep e a AES Eletropaulo acerca de um empréstimo de outubro de 1986 contratado pela Eletropaulo anterior à privatização da empresa começou a contar a partir desta segunda-feira, 21 de setembro. As partes têm cinco dias para se manifestarem sobre o conteúdo deste documento que aponta a distribuidora como a responsável pelo pagamento que ficou em aberto. O valor desse contrato é estimado em R$ 1,7 bilhão pela concessionária paulistana enquanto a estatal federal avalia que está em R$ 2,232 bilhões, sem considerar os honorários advocatícios de R$ 348 milhões.
De acordo com a Eletropaulo, esse laudo reconhece as premissas técnicas defendidas pela companhia, mas mesmo assim apontou-a como a responsável pelo pagamento da diferença de correção do saldo do empréstimo. Por se utilizar de seus argumentos, a Eletropaulo reafirmou em comunicado que no seu entendimento, o resultado da análise deveria ser o oposto do apresentado.
A empresa reiterou que o laudo ainda está em processo de avaliação pelas partes, que poderão apresentar seus respectivos pareceres técnicos, bem como submeter novos questionamentos ao perito judicial, que deverá prestar os esclarecimentos antes do encerramento da perícia.