Os repasses em atraso de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético para as distribuidoras somavam em torno de R$ 4,960 bilhões em 31 de agosto, de acordo com a Eletrobras, gestora do fundo setorial. Ancoradas em liminares, 29 das 63 concessionárias de distribuição estão autorizadas a compensar os valores das cotas que teriam de recolher mensalmente à CDE com os créditos que deixaram de receber desde o inicio do ano. O valor das cotas a compensar chega a R$ 1,5 bilhão.

O grupo beneficiado por decisões judiciais é formado por algumas das maiores distribuidoras de energia elétrica do país: AES Sul (RS) e AES Eletropaulo (SP); Cemig (MG); Light(RJ); Ampla (RJ); CEEE D (RS); Celesc (SC); EDP Escelsa (ES); EDP Bandeirante (SP); Elektro (SP); Coelce (CE);  Iguaçu Energia (PR); oito distribuidoras do grupo CPFL e oito do grupo Energisa; além da Eletrobras Distribuição Piauí.

De janeiro a agosto, a estatal repassou R$ 13,5 bilhões da CDE para distribuidores, geradores e transmissores, dos quais cerca de R$ 8,5 bilhões somente na distribuição. Os pagamentos, segundo a Eletrobras, incluiram as compensações de quotas a receber com subsídios a pagar, determinadas pela Justiça. Existe um cronograma de desembolsos para esses pagamentos em atraso, e a expectativa da Agência Nacional de Energia Elétrica e da própria Eletrobras é de que no fim do ano a situação esteja regularizada.