A Chesf está de olho na relicitação das 29 UHEs vencidas e que serão leiloadas no mês de outubro. A companhia avalia todos os cinco lotes colocados pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Ainda não foi tomada uma decisão acerca da participação da subsidiária da Eletrobras no certame, que poderá ocorrer de forma individualizada ou em consórcio com outras companhias ou se será majoritária ou minoritária.
Essa informação foi revelada pelo presidente da estatal, José Carlos de Miranda. Ele, que está à frente da empresa a pouco mais de dois meses, disse que a empresa não tem a preferência por localidades onde estão essas usinas a serem relicitadas.
“Temos investimentos em Belo Monte, nas usinas do Madeira, Dardanelos, Sinop, ou seja, estamos com presença em todo o país. Apesar de a preferência da Chesf ser pelo Nordeste, não há limitação em termos de região para entrarmos nesse leilão”, afirmou ele que participou nesta quarta-feira, 16 de setembro, do Energy Summit, em São Paulo.
Segundo Miranda, a decisão para a participação da empresa no leilão marcado para o dia 30 de outubro se dará por meio da holding Eletrobras. E descartou qualquer tipo de concorrência predatória, ou seja, entre as empresas do grupo Eletrobras. “Participará quem tiver maior competitividade em determinada região”, indicou ele.
Nesse leilão o governo federal espera arrecadar R$ 17 bilhões com o pagamento de bônus de outorga pelas usinas. Inclusive, esse modelo de leilão poderá ser estendido para demais disputas, conforme disse o diretor da Aneel, Reive de Barros. Mas, antes dessa decisão, comentou mais cedo o executivo, será necessário verificar o interesse dos investidores e o seu nível de participação. Ao se avaliar o resultado e concluir que foi bem sucedido, poderá se estender esse formato para as demais disputas no futuro.