Os leilões de linhas de transmissão deverão passar por um novo momento a partir do ano que vem. Essa é a perspectiva do diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica, Reive de Barros. Esse otimismo deve-se principalmente à perspectiva de que as subsidiárias da Eletrobras, Eletronorte, Eletrosul, e principalmente Chesf e Furnas, voltem a atuar de forma mais significativa nos certames de 2016.

O executivo afirmou que a subsidiária que atua no Nordeste deve poder se habilitar a partir de 2016 nos leilões já que os atrasos, que foram registrados sistematicamente deverão ser resolvidos. “Não tem sentido participar de novos leilões, não há a mínima possibilidade de flexibilização nas regras que impediram a empresa de participar dos leilões, mas a partir de 2016 a nossa expectativa é de que a empresa possa já se habilitar e ai melhora um pouco [a questão da competitividade por lotes] porque terá menos atrasos”, afirmou o diretor da agência reguladora.

Aliás, Reive de Barros disse que as quatro empresas da Eletrobras apresentam a possibilidade de estar de volta aos leilões de linhas de transmissão. Segundo ele, a perspectiva com isso é de que o ano de 2016 apresente uma melhoria com mais essas empresas que representam tradição e conhecimento do mercado brasileiro de transmissão.

O diretor da Aneel afirmou que o Brasil está em busca por novos investidores no setor de transmissão como forma de reduzir os problemas de falta de lances por empreendimentos neste segmento no país e que teve seu auge no último certame, onde de 11 lotes apenas quatro receberam lances sendo que em uma oportunidade apenas houve mais de um lance. Na avaliação da Aneel, o resultado é fruto da falta da capacidade de investimentos das empresas em função da alavancagem do setor.

Outra empresa que vem sinalizando a sua retomada da participação em certames de expansão da transmissão, disse o diretor é a Taesa, controlada da Cemig. Segundo o executivo, a empresa tem a estratégia de crescer por meio da compra de ativos mais do que participar dos leilões. Mas, disse, pelo que soube no último leilão, a companhia teria a intenção de investir no certame, assim como outras que tiveram seu apetite inibido por conta de alterações que a Aneel estaria implementando nas regras da disputa.