A Agência Nacional de Energia Elétrica decidiu recomendar ao Ministério de Minas e Energia a prorrogação, por até dois anos, da concessão da termelétrica Piratininga. Localizada na cidade de São Paulo, a usina em operação há mais de 50 anos foi arrendada pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia à Baixada Santista Energia, controlada pela Petrobras.

Caso o ministério aprove a renovação, o empreendimento deve retornar para a Emae, porque não há interesse da BSE em mantê-la em operação. Haveria, no processo, a desvinculação de bens considerados inservíveis do empreendimento, que tem potência instalada total de 472 MW, mas opera atualmente com apenas duas das quatro unidades geradoras. Elas funcionam em ciclo combinado com a UTE Fernando Gasparian, pertencente à Petrobras. As outras duas máquinas a óleo foram desativadas em 2001.

A operação da Piratininga pelo período remanescente de vida útil é considerada importante pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico. Ele agrega 180 MW de potência à carga da capital paulista. Para que isso ocorra, no entanto, será necessário um acordo entre a Emae e a Petrobras que garanta a continuidade do fornecimento de vapor da térmica Fernando Gasparian. A proposta original previa a extinção da concessão da usina, mas houve uma solicitação da Emae para a manutenção da operação. A estatal assumirá a responsabilidade de operar a térmelétrica até sua completa desmobilização.