Os preços da energia elétrica devem registrar aumento de 49,2% em 2015, segundo estimativa atualizada do Banco Central divulgada nesta quinta-feira, 10 de setembro. A previsão anterior do banco, apresentada em agosto, apontava para uma alta de 50,9%% no ano. Os preços administrados seguem pressionando a inflação, que no acumulado de 12 meses atingiu 9,56% em julho, com os preços livres aumentando 7,67%, e os administrados, 15,97%. A taxa básica de juros foi mantida em 14,25% ao ano.
Para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados, projeta-se variação de 15,2% em 2015, ante 14,8% considerados na reunião do Copom de julho. Entre outros fatores, essa projeção considera hipótese de variação de 8,9% no preço da gasolina e de 15,0% no preço do gás de bujão; de -3,5% nas tarifas de telefonia fixa; e de 49,2% nos preços da energia elétrica. Em 2016, o BC projeta uma variação de 5,7% para o conjunto dos preços administrados por contrato e monitorados, mesmo valor considerado na reunião do Comitê de julho.
"Em síntese, as informações disponíveis sugerem certa persistência da inflação, o que reflete, em parte, a dinâmica dos preços no segmento de serviços e, no curto prazo, o processo de realinhamento dos preços administrados e choques temporários de oferta no segmento de alimentação e bebidas", escreve o BC, segundo a Ata da 193ª reunião do Copom, realizada nos dias 1° e 2 de setembro de 2015. Cabe lembrar que as estimativas do Banco Central foram calculadas antes da agência de classificação de risco Sandard & Poor´s rebaixar o rating do Brasil, que perdeu o selo de bom pagador. Com o rebaixamento, a nota do país caiu de BBB- para BB+.