A Comissão Europeia e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos aprovaram, com ressalvas, a operação que permitirá a GE concluir a compra da francesa Alstom. A transação está avaliada em US$ 9,5 bilhões. Para tanto, a GE terá que ceder à Ansaldo Energia, fornecedora de plantas de geração de energia e de componentes, um segmento do negócio de turbina a gás de grande potência da Alstom, a fim de responder às preocupações levantadas pelos órgãos em relação à concorrência para o serviço de turbinas a gás.
"A GE foi informada hoje, [8 de setembro], que a Comissão Europeia aprovou a proposta de acordo com a Alstom Power and Grid. Estas liberações abrem caminho para a GE concluir a transação o mais cedo possível no quarto trimestre", disse a companhia em nota à imprensa brasileira.
A GE chegou a um acordo com a Alstom, em abril de 2014, para a compra dos negócios de Power and Grid da Alstom por €12,35 bilhões. Com os ajustes para as joint ventures anunciadas em junho de 2014 (energias renováveis, rede e nuclear), as mudanças na estrutura do negócio, os ajustes de preços para correções e o caixa líquido na conclusão, o preço de compra deverá ser de cerca de € 8,5 bilhões (cerca de US$ 9,5 bilhões). O impacto financeiro positivo para a GE mantém-se inalterado.
A GE espera que o acordo gere de US$ 0,05 a US$0,08 de lucro por ação em 2016 e de US$ 0,15 a US$0,20 de lucro por ação até 2018. A GE tem como meta atingir US$ 3 bilhões em sinergias de custos no quinto ano e retornos sólidos do acordo. Incluindo os ajustes do acordo, a lógica geral de economia e estratégia permanece a mesma que a GE anunciou em abril de 2014. "As tecnologias e as geografias complementares dos ativos da Alstom nos permitirão trazer mais valor para os clientes e um sólido retorno para os acionistas da GE", disse Jeff Immelt, Presidente e CEO da GE.
Alstom disse que está satisfeita com a decisão. "Além de atender aos requisitos das autoridades de manter o nível de concorrência do mercado, os compromissos assumidos pela General Electric protegem os interesses dos funcionários da Alstom, acionistas e clientes", disse Patrick Kron, presidente do Conselho de Administração e CEO da Alstom.
No total, cerca de vinte autorizações foram concedidas permitindo que a negociação entre em sua fase final. A conclusão da transação está prevista para o quarto trimestre de 2015 e será acompanhada de uma Assembleia Geral que apresentará uma oferta pública de recompra de ações para os acionistas. "Enquanto os negócios de energia asseguram um futuro na General Electric e nas joint ventures que serão formadas, essa transação vai permitir a Alstom, com foco em seu negócio de Transporte, perseguir uma ambiciosa estratégia de crescimento", destacou a companhia francesa.