O Conselho de Administração da Light Energia, subsidiária da Light S.A, ofereceu ao BNDESPar um contrato de opção de venda sobre a titularidade das ações na Renova. Segundo a Light, a operação foi necessária porque o BNDESPar manifestou interesse na alienação total de suas units (9.311.425) representativas de 8,8% do capital social da Renova.
O Acordo de Acionistas da Renova, celebrado entre Light Energia, RR Participações S.A., BNDESPar, Ricardo Lopes Delneri, Renato do Amaral Figueiredo e a Light S.A. estabelece que, caso quaisquer dos acionistas controladores da companhia deseje transferir quaisquer de suas ações vinculadas, a BNDESPar terá o direito de, a seu exclusivo critério, transferir até a totalidade de suas units (compostas por duas ações preferenciais e uma ação ordinária) ao adquirente, na mesma transação e nas mesmas condições. Entretanto, na operação de compra e venda de ações entre Light e a SunEdison, no valor de US$ 250 milhões, uma das condições precedentes para a conclusão da operação era que o BNDESPar não exercesse seu direito de venda conjunta.
Dessa forma, visando maximizar a entrada de caixa na Renova, as partes negociaram que, em contrapartida ao não exercício do direito de venda conjunta pelo BNDESPar, a Light Energia outorgará ao braço de participações do banco de fomento uma opção de venda sobre a totalidade das units na emissão da Renova. A celebração do contrato de opção estará condicionada a apresentação ao BNDESPar das renúncias por parte da RR e da Cemig GT ao exercício dos respectivos direitos de preferência e de venda conjunta a que têm direito em virtude da operação.