A Acciona já se organiza internamente para aumentar em 50% sua produção na fábrica de Simões Filho (BA), onde atualmente produz 100 unidades de seu aerogerador de 3 MW. O plano da empresa é de que até o final do ano essa nova capacidade já esteja em pleno funcionamento, o que elevaria a capacidade para 150 unidades ao ano capazes de gerar 450 MW.
De acordo com o Christiano Forman, diretor da Acciona Windpower no Brasil, o investimento nessa planta já foi feito pensando no crescimento da demanda no país. Inclusive, a empresa se adiantou à exigência da última fase de nacionalização de equipamentos do setor no Brasil exigidos pelo BNDES e que agora o momento é de aumento de produtividade, já que todas essas condições já foram atendidas.
Forman destacou que um dos gargalos encontrados nesse processo foi justamente o de desenvolver a cadeia de fornecedores, um problema que está se encaminhando para a solução ao passo que as fornecedoras se adaptam a uma produção mais seriada para o setor eólico. “O que vemos hoje é que há gargalos sim, mas estes não são impeditivos para a fabricação. Mesmo assim temos que chegar a um nível de produtividade maior, os fornecedores devem se adaptar com uma produção mais seriada e isso está acontecendo, apesar de ainda não estar totalmente terminado”, revelou ele. “Independente disso, adaptamos a nossa produção e chegaremos a 150 unidades ao ano de uma turbina de 3 MW de capacidade”, celebrou ele em entrevista à Agência CanalEnergia durante o Brazil Windpower 2015, realizado esta semana no Rio de Janeiro.
Outra novidade da companhia é o centro de serviços anunciado recentemente que é a aposta da empresa para atribuir mais produtividade aos clientes da companhia. Esse novo centro, comentou o executivo, foi colocado no Rio Grande do Norte de uma forma que haja a possibilidade de em até duas horas as equipes possam chegar aos locais onde estão os parques com seus aerogeradores. Além disso, esse centro deverá contar ainda com um centro de monitoramento e controle onde a Acciona poderá verificar como está a operação desses equipamentos.
Localizado na cidade de Mossoró (RN), o centro de serviços contará com estoque de peças e pessoal especializado. E ainda, a meta é de atrair fornecedores de equipamentos e serviços como, por exemplo, gruas e guindastes mais comumente usados e que dificilmente ficam à disposição de imediato. “Temos uma grande base de clientes naquele estado, por lá nossos equipamentos somam atualmente 792 MW de capacidade instalada e como nossas turbinas são adequadas aos ventos daquela região a perspectiva é de que tenhamos mais negócios naquela região”, justificou Forman.
De acordo com a Acciona, no Nordeste estão concentrados 71% dos contratos de fornecimento da empresa de um total de 1.119 MW. Inclusive, revelou Forman, a primeira turbina com torre de 125 metros e rotor de 120 metros entrará em operação em breve e será um marco de instalação da companhia no país.