A primeira revisão de afluências previstas para o final de setembro aponta uma elevação da energia natural afluente nos submercados Sudeste /Centro-Oeste e Sul do país. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico, essas regiões estão com a projeção de registrarem 89% e 105% da média histórica, respectivamente. Na semana passada eram esperadas ENAs  de 81% e 80% da MLT. A única estabilidade em comparação à estimativa da semana passada está no Norte com 78% da média histórica e no Nordeste a situação voltou a se deteriorar, recuou de 56% para 51% da média de longo termo.

O nível de armazenamento esperado para os reservatórios em setembro aumentou para o SE/CO que tem a expectativa de encerrar o período com 29,7% ante previsão anterior de 28,9%. No Sul essa elevação ficou mais incisiva, aumentou de 71,9% para 88,5% da capacidade de armazenamento máximo. No Norte, apesar da estabilidade da ENA a perspectiva é de queda no nível, passando de 52,3% da semana passada para 49,3%. E, no NE, como reflexo da projeção de queda das afluências, o ONS projetou que ao final deste mês os reservatórios da região possam ficar com apenas 13,9%, a expectativa da semana passada era de 14%.
Outra consequência verificada foi um novo descolamento do CMO médio do NE, que ficou em R$ 239,56/MWh, em comparação com o resto do país que será de R$ 227,15/MWh na semana operativa que começa neste sábado, 5 de setembro. No Nordeste a carga pesada está em R$ 261,34/MWh, a média em R$ 251,79/MWh e a leve em R$ 221,67/MWh, mesmo valor das demais regiões, que têm R$ 232,37/MWh para o patamar de carga pesado e R$ 231,17/MWh no patamar leve.
Segundo o informe semanal do Programa Mensal de Operação, a perspectiva de recuo na carga para setembro voltou a acelerar. A nova projeção é de queda de 3,9% ante o mesmo período de 2014. A expectativa na semana passada era de queda de 2,9%. Os destaques continuam sendo do SE/CO e o Sul com perspectiva de redução de consumo de 5,3%. No NE estima-se estabilidade de demanda e no Norte está o único crescimento, com 1,9%.
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