A Eneva conseguiu reunir as condições necessárias para avançar no processo de recuperação judicial. A empresa planeja emitir no mínimo R$ 2 bilhões e no máximo R$ 3,65 bilhões em novas ações com objetivo de aumentar o capital social da companhia. Caso haja a subscrição da totalidade de ações a serem emitidas, o capital da Eneva passará dos atuais R$ 4,71 bilhões, representado por 840,1 milhões de ações, para R$ 8,36 bilhões, representado por 25,1 bilhões de papéis.
"O aumento de capital insere-se no contexto do plano de recuperação judicial apresentado pela companhia e sua subsidiária como etapa essencial para a superação da crise econômico-financeira que a Eneva vem enfrentando, tendo o objetivo adequar a estrutura de capital da empresa e possibilitar a contribuição de ativos capazes de colaborar com sua geração de caixa e/ou com seu posicionamento estratégico", diz o comunicado.
A Eneva explicou que as ações a serem emitidas conferirão aos seus titulares os mesmos direitos e obrigações das ações ordinárias já existentes e farão jus ao recebimento integral de dividendos, juros sobre o capital próprio e eventuais remunerações de capital que vierem a ser aprovados pela companhia após a homologação do aumento de capital.
O preço de emissão é de R$ 0,15 por ação ordinária e deverá ser subscrita à vista. Aqueles que forem detentores de ações de emissão da companhia no dia 4 de setembro de 2015 terão direito de preferência na subscrição das novas ações em quantidade de ações proporcional à participação detida por tais acionistas. O prazo decadencial para exercício do direito de preferência é de 30 dias contados de 9 de setembro de 2015. A E.ON, a Petra, a Gemlik e o BTG se comprometeram a subscrever e integralizar novas ações, respectivamente, em R$ 240 milhões, R$ 282,8 milhões e R$ 94,6 milhões. A Eneva ainda informou que conseguiu a postergação do vencimento das dívidas da Parnaíba II.