O risco de qualquer déficit de energia nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste continua zero, segundo avaliação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. A previsão foi feita com base nas 82 séries do histórico de vazões, considerando a geração térmica por ordem de mérito de custo e a operação de usinas com Custo Variável Unitário até R$ 600/MWh. “Com base nas análises efetuadas, observa-se que as condições de suprimento de energia do Sistema Interligado Nacional melhoraram em relação ao mês anterior”, afirma o CMSE, em nota divulgada na tarde desta quarta-feira 2 de setembro.
O risco estimado para as duas principais regiões consumidoras do país já era considerado inexistente desde o mês passado, quando o comitê autorizou o desligamento das 21 termelétricas mais caras, que representavam custo adicional para o sistema de R$ 5,5 bilhões.
Apesar da avaliação, a nota lembra que em agosto choveu abaixo da média historica em praticamente todo o país. No Sudeste/Centro-Oeste, as afluências ficaram em 91% da Média de Longo Termo; no Nordeste em 50%; no Sul em 80% e no Norte em 77%. Ela destaca, porém, que há sobra estrutural de 9.359 MW médios para atender o consumo em 2015. Este ano, entraram em operação 3.885 MW dos 6.410 MW previstos.