O novo presidente da Chesf, José Carlos de Miranda, admitiu que o grande desafio da companhia será colocar em operação os sistemas de transmissão atrasados, de modo a permitir que a companhia volte a se habilitar para participar dos leilões em 2016. Pela regra, empresas com histórico de atrasos em obras ficam impedidas de participar dos leilões de linhas.  O descompasso na entrega das Instalações Compartilhadas de Geração tem impedido que muitas usinas eólicas produzam energia no Nordeste do país, cerca de 400MW de capacidade atualmente. A expectativa de Miranda é que boa parte dos projetos de transmissão sejam entregues até outubro deste ano, restando um outro grupo de empreendimentos para iniciar a operação entre janeiro e fevereiro de 2016.

“O grande desafio para as estatais, e particularmente para a Chesf, será colocar todas as obras de transmissão em operação. Hoje a Chesf tem poucos projetos [atrasados]. Estamos agora em setembro e outubro tirando boa parte desse passivo, poucas ICGs vão ficar para janeiro e fevereiro. A partir daí temos a obrigação de começar um novo tempo, voltar a participar dos leilões de transmissão, inclusive – mas com compromisso de cumprir os prazos. Essa página há de ser virada para o próximo ano”, garantiu o executivo, que participou da sexta edição do Brazil Wind Power, que está sendo realizada no Rio de Janeiro. Segundo Miranda, as estatais têm um papel fundamental para o desenvolvimento do setor elétrico, principalmente pelo corpo técnico existente em empresas como Chesf, Eletrosul, Eletronorte, Furnas, Copel, Cemig, Copel e Cesp. “As estatais têm um papel fundamental porque elas têm um histórico, detém uma capacidade técnica de grande monta, são verdadeiras escolas.”