O preço-teto para a contratação de energia eólica será maior no próximo leilão de geração, garantiu Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética. Ele informou que os novos valores considerarão as atuais condições de financiamento, a elevação do dólar, bem como os preços mais elevados dos equipamentos. O executivo participou nesta terça-feira, 1 de setembro, da sexta edição do Brazil WindPower, no Rio de Janeiro.
No último certame, o preço-teto estabelecido pelo governo para fonte eólica foi de R$ 184/MWh, o que resultou na viabilização de 19 novos projetos, ou 538,1 MW de capacidade instalada. Tolmasquim explicou que o preço do próximo leilão considerará o contexto econômico atual, como aumento do câmbio e das taxas de financiamento. “Tem vários fatores que você precisa levar em consideração”, disse. “Devemos dar uma reajustada para cima”, completou o executivo da EPE.
Tolmasquim sinalizou que o governo pretende contratar uma quantidade importante de energia eólica. “A expectativa para o leilão de novembro é a melhor possível, acho que vai ser um ótimo leilão para a eólica porque tem uma oferta muito grande e a gente quer contratar uma quantidade interessante de eólica.” As usinas precisam entrar em operação em novembro de 2018. Já para fonte solar, o presidente da EPE informou que o governo não pretende mexer no preço de R$ 349/MWh que viabilizou 1 GW de usinas fotovoltaicas no último leilão de energia de reserva, realizado em 28 de agosto. “O preço-teto é mais que suficiente. Não devemos mexer na solar”, disse.