O fracasso do leilão de transmissão realizado na última semana está levando o governo a uma reavaliação das condições apresentadas. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, alguns fatores que podem ter sido colocados como causadores do baixo interesse, como a taxa de retorno, não se justificam, uma vez que o assunto foi amplamente debatido com o setor e havia uma expectativa positiva. Braga, que participou da abertura do Brazil Windpower nesta terça-feira, 1º de setembro, no Rio de Janeiro (RJ), quer o ministério atento as janelas de oportunidades que vão acontecer no setor e deu como exemplo a comparação do leilão de LTs com o de reserva realizado na mesma semana, considerado um sucesso.
Porém Braga lembrou que fatores como a alta na precificação do risco licenciamento ambiental no país pode ter causado um recuo dos empreendedores. "O risco do licenciamento acaba sendo monetizado e pressiona o preço e a remuneração das LTs". Braga dá como solução imediata uma adequação financeira desse tema no certame ou uma emenda constitucional que cria um caminho mais rápido para o processo de licenciamento, o que ele chama de "fast track". Ele lembra que as linhas são longas e passam por mais de uma cidade, além de envolver vários órgãos licenciadores. "São reformas regulatórias que vão baixar o risco e a precificação dele nas LTs".
Dos onze lotes oferecidos no leilão de LTs, apenas quatro foram arrematados e em apenas um houve disputa entre mais de um concorrente, com os outros três sendo levados por lances próximos do preço inicial.