O consumo de energia caiu 2,9% em julho em relação ao mesmo mês anterior, segundo a Empresa de Pesquisa Energética. O consumo foi afetado pelo cenário econômico desfavorável, tarifas elevadas, redução do poder aquisitivo e temperaturas mais amenas. A queda no consumo residencial ficou em 5%, a maior registrada em uma década. A classe comercial não alterou o volume consumido, enquanto a indústria registrou retração de 3,4%.

Dentro da classe residencial, o consumo na região Sudeste caiu 7%, puxado pelo estado do Rio de Janeiro, que verificou baixa de 11%. Os outros estados estão também tiveram retração no consumo. Na região, a queda chegou a 5%. A região Nordeste teve baixa de 2,4% na demanda, com destaque para Ceará (-9,7%) e Bahia (-2,2%). O Piauí e o Maranhão foram os únicos a apresentarem alta de 4% e 0,7%, respectivamente. No Centro-Oeste, a alta ficou em 4,6%.

Na classe comercial, as regiões Sudeste e Sul tiveram retração de 2% e 0,3%, respectivamente. No Nordeste, porém, houve crescimento de 2,1%. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, a classe registrou alta de 6,9% e 5%.

A indústria continua a sofrer com a retração da atividade econômica. Dos dez setores que mais demandam energia, apenas um, Extração de Minerais Metálicos, apresentou avanço no mês, de 13,3%. O segmento de produção de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, foi o que registrou maior queda, de 9%. Dentre, as regiões, a Nordeste foi quem apresentou a maior queda de 11%, seguida por Centro-Oeste (-8,1%), Sul (-4,7%) e Sudeste (-1%); enquanto que o consumo no Norte cresceu 1,3%.

Por região, o consumo variou no nível de retração de 0,1% no Centro-Oeste e 0,3% no Norte aos 4,3% no Nordeste; 3,2% no Sudeste e 2,6% no Sul. No ano, o consumo no Brasil apresenta diminuição de 1,4% e em 12 meses de 0,2%.