Depois de mais de um ano de maturação, o mercado de debêntures está consolidado como uma alternativa interessante de financiamento para o setor eólico brasileiro. Essa é a avaliação de Bruno Racy, sócio do Machado Meyer Sendacz Opice, um dos escritórios de advocacia mais respeitados do setor de infraestrutura e financiamento de projetos.
Para Racy, o setor elétrico precisa encontrar outras formas de se financiar, uma vez que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social tem adotado uma postura mais criteriosa para a liberação de recursos. Para liberação de empréstimos subsidiados, o BDNES tem exigido que os agentes se comprometam a emitir debentures de infraestrutura como forma complementar de financiamento.
“O que a gente tem visto é a criação de um estimulo para fomentar o mercado de títulos de dívida no Brasil. As debêntures de certa forma já se consolidaram no mercado e muitas empresas de energia estão fazendo captações através desse instrumento”, disse o advogado à Agência CanalEnergia, presente no Brazil Windpower 2015, que acontece no Rio de Janeiro entre os dias 1º e 3 de setembro. Ele lembrou que “não só está ficando mais difícil, como está ficando mais caro tomar financiamento com o BNDES”.
O especialista explicou que os benefícios fiscais das debêntures as tornam uma oportunidade interessante tanto para o investidor estrangeiro quanto para pessoas físicas. “É uma alternativa que está disponível e que de certa forma está consolidada depois de um ano e meio, e as operações começaram a sair.”