O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que umas das prioridades de seu governo será o apoio às empresas de energia. "Essa é uma entre cinco prioridades que nós elencamos visando o desenvolvimento econômico do estado", disse em entrevista exclusiva à Agência CanalEnergia. Dino esteve no Rio de Janeiro na noite da última quarta-feira, 26 de agosto, a convite da Parnaíba Gás Natural. O evento celebrou a declaração de comercialidade de mais um poço de exploração de gás da PGN na região maranhense.

"Temos essa capacidade já se desenvolvendo em relação ao gás. Estamos dialogando permanentemente com os parceiros privados para encontrar o caminho do crescimento da produção, capaz de levar o insumo a outros usos que não apenas a utilização para geração de energia termelétricas. Em relação a outras matrizes energéticas, no caso da eólica, vamos tomar medidas nas próximas semanas que dizem respeito à uma parceira para a ampliação dos acessos à região onde serão instalados parques eólicos no Nordeste do Maranhão", adiantou o governador.

Dino se refere à sete empreendimentos da Omega viabilizados no último leilão de energia nova A-3, realizado em 21 de agosto. As usinas ampliarão a capacidade eólica no estado em 210 MW, acrescentando 89,4 MW médios de energia firme à matriz elétrica brasileira. A estimativa é que os projetos, que precisam entrar em operação em janeiro de 2018, demandem uma quantia aproximada de R$ 543 milhões em investimentos.

Dino afirmou que o governo maranhense tem trabalhado para estabelecer um diálogo permanente com os agentes, de modo a criar um ambiente que estimule novos investimentos em infraestrutura, logística e energia. "Buscamos criar um ambiente institucional bom, positivo, para que os atores privados se sintam acolhidos. Que eles tenham a segurança de que encontrarão no governo do estado uma parceria para alavancar seus empreendimentos."

Com o aumento da produção de gás natural na região, Dino espera também atrair a indústria. "Estamos buscando todas as condições necessárias para que essa produção se amplie a fim de permitir outros usos para além da geração termelétrica, sobre tudo para produção industrial. Nosso grande objetivo é ampliar essas iniciativas", disse o governador. "Acho que a gente está finalmente consolidando as pré-condições fundamentais para que a gente possa viver um ciclo de desenvolvimento no Maranhão, especialmente em logística e energia", completou.