A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou nesta terça-feira, 25 de agosto, o reajuste tarifário da Cemar (MA), que conduzirá a um aumento médio de 8,64%. Para os consumidores da baixa tensão (residenciais), o reajuste a ser percebido será de 8,63%, enquanto para os consumidores de alta tensão (indústrias) o efeito será de 8,69%. Os novos valores serão aplicados a partir de 28 de agosto para 2,2 milhões de unidades consumidoras localizadas em 217 municípios do Maranhão.

O aumento dos encargos setoriais (6,91%) foi o item que mais contribuiu para o resultado tarifário da Cemar, em função do processo de amortização do empréstimo contratado pelo governo em 2014 para socorrer as distribuidoras. O empréstimo, que totalizou R$ 21 bilhões, tem onerado, em média, 6% as tarifas de energia dos consumidores brasileiros neste ano. Esse financiamento serviu para equalizar os caixas das concessionárias, que estavam sem recursos por conta do elevado custo com compra de energia elétrica no curto prazo. A amortização do empréstimo será concluída em abril de 2020.

Em 2014, as tarifas da Cemar foram reajustadas em 24,12% em média, contra um aumento médio acumulado de 11,64% em 2015, considerando o reajuste ordinário (8,64%) e o extraordinário (3%). Ao calcular o reajuste, a agência considera a variação de custos que a empresa teve no ano. O cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o IGP-M, e outros custos que não acompanham necessariamente o índice inflacionário, como energia comprada, encargos de transmissão e encargos setoriais.