A partir da próxima quarta-feira, 25 de agosto, a tarifa de energia elétrica ficará, em média, 18,66% mais cara para os consumidores em Brasília. O reajuste das tarifas da concessionária CEB foi aprovado pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica em reunião pública nesta terça-feira, 25 de agosto. Segundo a Aneel, os consumidores conectados em alta tensão (industriais) perceberão um aumento de 19,25% na próxima fatura; os clientes conectados em baixa tensão (residências) perceberão um aumento de 18,36%.

O aumento dos encargos setoriais (8,71%) foi o item que mais contribuiu para o resultado tarifário da CEB, em função do processo de amortização do empréstimo contratado pelo governo em 2014 para socorrer as distribuidoras. O empréstimo, que totalizou aproximadamente R$ 21 bilhões, tem onerado, em média, 6% as tarifas de energia dos consumidores brasileiros neste ano. A amortização será concluída em abril de 2020. Esse financiamento serviu para equalizar os caixas das concessionárias, que estavam sem recursos por conta do elevado dispêndio com compra de energia elétrica no curto prazo.

Em 2014, as tarifas da CEB foram reajustadas em 26,21%, contra um aumento acumulado de 42,8% em 2015, considerando o reajuste ordinário (18,66%) e o extraordinário (24,14%). A CEB atende a cerca de 1 milhão unidades consumidoras localizadas no Distrito Federal, representando um faturamento anual com venda de energia de R$ 1,75 bilhão. 

Ao calcular o reajuste, a Aneel considera a variação de custos que a empresa teve no ano. O cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o IGP-M, e outros custos que não acompanham necessariamente o índice inflacionário, como energia comprada, encargos de transmissão e encargos setoriais.