A recém-criada Associação Brasileira de Energia Solar Térmica (Abrasol) anunciou uma parceria com o governo da Alemanha cujo objetivo é incentivar o uso da energia solar térmica em processos industriais. O Solar Payback é parte do International Climate Initiative (IKI) e conta com o financiamento do Ministro Federal do Meio-Ambiente da Alemanha.

O uso da energia solar para a produção de vapor, calor de processo, por exemplo para a lavagem e o tratamento de superfícies em processos industriais, é ainda um nicho de mercado no Brasil e em todo o mundo. Segundo Jörg Mayer, gerente executivo do BSW-Solar, o Solar Payback busca aumentar a consciência sobre o enorme potencial do mercado de energia solar por três motivos: para reduzir as emissões CO2, para reduzir os gastos de energia para investidores e para aumentar a vantagem competitiva da indústria local.

“Preços aumentando para energia eléctrica no Brasil e discussões da COP 21, apontaram a necessidade da eficiência energética nos setores da indústria e do comércio, mas a consciência para o uso de energia solar ainda é muito baixa. Solar Payback pode ter um papel importante para o aumento do conhecimento e a confiança de produtores para essa energia renovável promissora”, descreveu Philipp Hahn, diretor adjunto e responsável para Energias Renováveis na Câmara de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro.

Marcelo Mesquita, secretário geral da Abrasol, enfatizou: “Solar Payback vai oferecer novas oportunidades para a indústria solar térmica do Brasil, que tem focado, até o momento, em serviços para residências e para setores de serviços. Existe uma grande demanda por melhores práticas e múltiplos canais de comunicação para aumentar a confiança em aquecimento solar para processos industriais.”