O leilão A-3 atendeu as expectativas do governo contratando a demanda restante para o ano de 2018. A análise é do presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Mauricio Tolmasquim, em entrevista à Agência CanalEnergia nesta sexta-feira, 21 de agosto. "Claro que a contratação é pequena, pois era um leilão para contratar só o que estava descontratado e como mercado também caiu, o valor a ser contratado é menor", analisou o executivo.

O certame contratou 314,3 MW médios de energia, viabilizando a adição de 669,5 MW em capacidade instalada. O preço médio geral do certame ficou em R$ 188,87/MWh. Tolmasquim avaliou também que o leilão foi positivo, pois havia um questionamento sobre o preço estabelecido para as fontes, principalmente, a eólica. "É claro que o preço é em função da quantidade que você quer contratar. Como nesse leilão a quantidade para contratar era pequena, o preço era adequada", observou.

Foram contratadas 19 eólicas com preço médio de R$ 181,14/MWh. Além de sete pequenas centrais hidrelétricas por R$ 205,01/MWh. O preço médio para o disponibilidade térmica alcançou R$ 212,75/MWh, com a contratação de três projetos, sendo um a gás natural, um a biomassa de cana e um de casca de arroz. Em relação ao projeto a gás, Tolmasquim disse que se trata de uma pequena usina, de 28 MW, que está localizada na boca de um poço, em Camaçari (BA).

Leilão de Reserva – Ele adiantou que, como a lógica dos leilões de reserva é diferente, o preço do certame previsto para novembro, que conta com solar e eólica, também será adequado a essa realidade. "Então, pode ser que no leilão de reserva, de novembro, a gente der uma ajustada no preço, pois a nossa ideia é contratar um pouco mais", afirmou. O executivo se mostrou confiante no resultado desse e do certame, somente para solar, previsto para a próxima sexta-feira, 28.

"Estou otimista. Apesar dos problemas que se tem no país e a questão do setor, com GSF, os leilões de energia nova estão funcionando. Não tenho dúvida que vai ser um sucesso porque tem muita gente interessada", concluiu.