A Eletrobras ainda não tem posição formada sobre sua participação no leilão de 29 usinas cujos contratos venceram e serão relicitadas pelo governo federal. A questão é de prioridade para a empresa que vê sua função mais centrada na expansão da capacidade de geração no país. Contudo, ainda não foi batido o martelo quanto a essa questão.
Segundo o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Armando Casado de Araújo, a empresa sempre tem vontade de investir, mas alerta que deve haver a capacidade de realizar esses aportes. “Não podemos deixar de olhar essas usinas, como temos instalações em todo o Brasil, dependendo das condições pode gerar receita importante”, avaliou. “Mas essas concessões concorrem com outras concessões que agregam novas capacidades de geração ou transmissão e que tem sair do papel. A Eletrobras tem predominância a agregação física que é de colocar capacidade nova no sistema”, acrescentou.
Nesse sentido, a empresa diz estar preparada para entrar na disputa pelo próximo grande empreendimento estruturante do país a UHE São Luiz do Tapajós (PA, 8.040 MW), cuja promessa do governo é de realizar a licitação ainda este ano. O diretor da estatal afirmou que a disposição que o governo tem colocado de discutir o setor com os agentes, como no caso do GSF, pode criar boas condições para atração dos investimentos. Somando a isso ele citou a intenção de acelerar o processo de licenciamento ambiental e o financiamento dos projetos como pontos de destaque, assim como o PIEE que promete colocar no mercado projetos que somam R$ 186 bilhões.